STF contrata o primeiro Fotógrafo com Síndrome de Down
Bruno Moura, um jovem fotógrafo de 22 anos com Síndrome de Down, é o primeiro fotógrafo com essa condição a trabalhar no plenário da Corte, no STF.
Atualmente, cerca de 30 profissionais com deficiência atuam em diferentes áreas do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília.
Marco para o STF
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, anunciou durante uma sessão na última quinta-feira que Bruno Moura estava iniciando seu trabalho no plenário. A notícia não só trouxe um sorriso ao rosto de Bruno, mas também emocionou todos os presentes na sessão.
“Eu gosto bastante de tirar fotos, gosto muito de aprender e estou animado pra trabalhar. É a primeira vez que vou trabalhar aqui e ter colegas de trabalho”, disse Bruno, evidenciando sua paixão e entusiasmo pelo novo desafio.
Programa de Inclusão no STF
Antonio Augusto, fotógrafo do STF, ressaltou a importância do programa de inclusão de pessoas com deficiência na Corte. “O Bruno não tinha tido contato com a fotografia, mas quando foi apresentada a ele a proposta, gostou da ideia e topou o desafio”, comentou Antonio. Ele destacou que o processo de ambientação de Bruno envolveu a familiarização com o tribunal e os equipamentos profissionais de fotografia.
Antonio também compartilhou sua experiência pessoal, afirmando que nunca havia trabalhado com um fotógrafo com síndrome de Down antes e que a presença de Bruno na equipe tem sido extremamente positiva. “Foi muito positivo ter ele na equipe, pessoalmente nunca tinha tido contato com um fotógrafo com síndrome de Down e tem sido muito bom”, acrescentou Antonio.
Parceria com a Associação CETEFE
Foto tirada por Bruno
A inclusão desses profissionais no STF é resultado de uma parceria entre o tribunal e a Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (CETEFE). Este programa abrange pessoas com diversas deficiências, incluindo física, auditiva, intelectual, visual e síndrome de Down.
Entendendo a Síndrome de Down
É crucial compreender que a síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição genética inerente à pessoa, que não requer tratamento ou cura. Esta condição é caracterizada pela presença de um cromossomo 21 extra, resultando em 47 cromossomos no núcleo das células, em vez dos 46 comuns.
No Brasil, a população com síndrome de Down é estimada em 350 mil pessoas, com cerca de 8 mil nascimentos por ano, numa proporção de 1 a cada 750 nascidos.
Terminologia e Conscientização
É importante usar a terminologia correta ao referir-se a pessoas com síndrome de Down. O termo correto é “criança com síndrome” em vez de “criança normal”. A conscientização sobre essa condição é essencial para promover o respeito e a inclusão na sociedade.
A história de Bruno Moura e dos outros profissionais com deficiência no STF destaca a importância da inclusão e diversidade no ambiente de trabalho. Programas como o da CETEFE não apenas abrem portas e trazem oportunidades, mas também enriquecem o ambiente profissional, promovendo um espaço mais justo e igualitário para todos.