Sabe quem é o melhor professor do mundo? Um monge que doa quase todo seu dinheiro para famílias pobres

Nicole Utzig Mattjie

O Global Teacher Prize é uma premiação anual realizada pela Fundação Varkey, uma organização de caridade dedicada à melhoria da educação para crianças carentes do mundo todo. Neste ano foram selecionados 10 mil professores de 179 países, entre eles a professora brasileira Débora Garofalo, que ensina matérias de tecnologia em uma área carente de São Paulo.

Mas o vencedor do prêmio foi Peter Tibichi, um monge franciscano de 36 anos, professor de ciências de uma escola da vila de Pwani, no Vale do Rift, uma savana queniana, lugar de muita pobreza e falta de oportunidades.

Para Peter ensinar é apenas uma de suas contribuições, visto que ele dedica toda a sua vida à servir sua comunidade. Ele incentiva, cuida e protege seus alunos e sua comunidade.

O melhor professor do mundo foi uma pessoa muito especial, que não apenas ensina, mas traz esperança para seus alunos!

Confira o discurso do monge ao receber o prêmio:

“Tenho visto o que prometem os jovens africanos – a sua curiosidade, o seu talento, a sua inteligência, as suas crenças. Eles não continuarão a ser preteridos devido às baixas expectativas. A África vai produzir cientistas, engenheiros, empresários, cujos nomes serão um dia famosos em todos os cantos do mundo. E as crianças serão uma enorme parte desta história.”

Todos os dias, Tabichi e seus alunos enfrentam grandes dificuldades. As instalações onde funcionam as escolas são precárias e os alunos não possuem todo o material necessário, inclusive livros.

“A escola fica em uma área muito remota. A maioria dos estudantes vêm de famílias muito pobres. Até pagar o café da manhã é difícil. Eles não conseguem se concentrar, porque não se alimentaram o suficiente em casa”, relatou o professor em uma entrevista publicada no site do prêmio.

Além disso, ele também tem a complicada missão de fazer com que as famílias das crianças compreendam o quão importante é estudar e apoiem os filhos. Na cultura local, as mulheres costumam se casar muito cedo e abandonar os estudos, e muitos homens também abandonam a educação. Tabichi está tentando mudar essa realidade.

O professor atua ativamente na comunidade, ensinando técnicas de cultivos aos moradores, para que possam combater a fome, e também organiza “clubes da paz” na escola, promovendo uma união das sete tribos que possuem aulas com ele e ajudando a combater a violência tribal, intensa na região.

Como se tudo isso não fosse o suficiente, Tabichi também doa 80% do seu salário para os alunos mais pobres, para que possam comprar seu material escolar.

No entanto, ele não gosta de falar muito sobre isso. O mais importante, em sua opinião, é garantir que os seus alunos tenham oportunidades na vida, e possam conhecer uma realidade diferente da qual vivem atualmente.

Sunny Varkey, fundador da premiação Global Teacher Prize, espera que a história do professor africano “inspire os que procuram entrar na profissão e seja um poderoso holofote sobre o incrível trabalho que os professores fazem no Quênia e em todo o mundo, diariamente”.

Que todos nós possamos refletir sobre essa história e compreender o quão privilegiados somos, separando um tempo para ajudar outras pessoas, assim como faz Tibichi. Um exemplo tão inspirador, com certeza esse professor é o melhor professor do mundo!

Fonte: O Segredo

Confira abaixo a reportagem em vídeo:

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