Cientista Brasileiro pesquisador sobre o Autismo se Prepara para uma Missão no Espaço

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Conheça Alysson Muotri, 1° cientista brasileiro a ir para o espaço, um dos mais respeitados pesquisadores do mundo em transtornos do desenvolvimento neurológico, principalmente o autismo.

O cenário da exploração espacial está prestes a receber uma contribuição valiosa de um cientista brasileiro renomado, Alysson Muotri. Em primeiro lugar, ele está programado para embarcar em uma missão espacial inédita que pode revolucionar a colonização interplanetária. Assim, prevista para novembro de 2024, esta missão o levará à Estação Espacial Internacional (ISS), tornando-o o primeiro cientista brasileiro no espaço. Além disso, Muotri é amplamente reconhecido por seu trabalho na área de transtornos do desenvolvimento neurológico, com foco especial no autismo.

Diferentemente do primeiro brasileiro no espaço, Marcos Pontes, que é engenheiro de formação e militar, Muotri traz uma expertise científica singular para a ISS. Esta viagem não é apenas um feito pessoal, mas um salto importante na pesquisa espacial, com implicações cruciais para a colonização de outros planetas.

Renomado Pesquisador do Autismo se Prepara para uma Missão no Espaço

Alysson Muotri, renomado pesquisador na área de transtornos do desenvolvimento neurológico, com foco especial no autismo, se prepara para sua missão no espaço.

Durante sua estadia prevista de aproximadamente 10 dias na ISS, Muotri conduzirá uma série de experimentos envolvendo os chamados “minicérebros”. Esses minicérebros são versões em escala reduzida do órgão humano mais complexo, criados a partir de células-tronco pluripotentes, reprogramadas a partir de células periféricas do próprio indivíduo. Embora não possuam uma estrutura completa nem consciência, esses minicérebros simulam de maneira simplificada a organização celular encontrada no cérebro humano.

Um dos principais objetivos dessa pesquisa é entender como a microgravidade afeta esses minicérebros e, por extensão, o cérebro dos astronautas. Em um estudo anterior realizado em colaboração com a NASA e a Universidade da Califórnia, Muotri já havia enviado minicérebros para o espaço e constatou que as células cerebrais envelheciam mais rapidamente nesse ambiente, aproximadamente 10 anos em apenas um mês.

Isso levanta questões importantes, especialmente para viagens espaciais de longa duração, onde o desenvolvimento cerebral acelerado devido à microgravidade pode ter consequências adversas na saúde mental e cognitiva dos astronautas. Compreender esses efeitos e buscar maneiras de superá-los é um desafio fundamental para a colonização da Lua e de outros planetas.

Um cientista brasileiro no espaço

Muotri, que também lidera a startup de biotecnologia Tismoo e o Muotri Lab na UCSD, está entusiasmado com a oportunidade de realizar experimentos em microgravidade. Ele reconhece o privilégio de ser o primeiro cientista a conduzir tais experimentos no espaço.

Além disso, Muotri planeja abrir seleções para permitir que outros pesquisadores brasileiros levem suas pesquisas para a ISS, integrando assim a ciência brasileira à missão planejada para 2024.

Este cientista brasileiro tem um histórico impressionante, com inúmeras publicações científicas em revistas de prestígio e prêmios por suas descobertas. Em colaboração com colegas, ele já testou com sucesso modelos de terapia genética para reverter os efeitos da Síndrome de Pitt-Hopkins, que compartilha características com transtorno do espectro autista (TEA). Suas pesquisas com minicérebros também forneceram insights cruciais sobre a relação entre o vírus Zika e defeitos congênitos no nordeste do Brasil em 2015.

À medida que Alysson se prepara para essa missão espacial inovadora, suas pesquisas podem abrir portas para a exploração interplanetária. Desse modo, tornando-se um marco significativo na história da ciência brasileira e da exploração espacial global.

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