Uma Advogada Extraordinária, série aborda o autismo de forma cativante

Nicole Utzig Mattjie

Ao longo dos anos diversos filmes e séries tentaram abordar o autismo, muitos de maneira caricata e exagerada, pois essa não é uma tarefa fácil. Por isso, hoje trouxemos uma indicação de série que soube como abordar o autismo de forma sensível e cativante. A série se tornou um fenômeno mundial, mesmo não sendo uma produção de língua inglesa. Conheça “Uma Advogada Extraordinária”, a série da Netflix que aborda o autismo de forma brilhante.

Uma Advogada Extraordinária

Atualmente a produção sul coreana é uma das produções de língua não inglesa mais assistidas da Netflix, seguindo o caminho da premiada série Round 6, também oriunda da Coréia do Sul.

Na história iremos acompanhar Woo Young Woo, uma advogada de 27 anos com síndrome de Asperger. Young Woo é uma excelente profissional, com QI de 164, que se formou como melhor estudante da turma na prestigiada Universidade Nacional de Seoul. Por conta disso, ela consegue um emprego em um grande escritório de advocacia. No entanto, Woo tem dificuldades de socialização, o que faz com que seus colegas a vejam como esquisita e solitária.

Além disso, a série também nos mostra alguns trechos da infância de Young Woo, que sofria bullying na escola e até os 5 anos de idade não havia dito nenhuma palavra. Uma Advogada Extraordinária foca no crescimento de Young Woo como ser humano e advogada, que conhece pessoas que irão ajudá-la ao longo de sua jornada, dentro e fora dos tribunais.

Ademais, a série consegue ser divertida sem perder a dramaticidade. Outro ponto importante de “Uma Advogada Extraordinária” são os aspectos do autismo abordados na série. Como por exemplo, a seletividade alimentar, a aversão ao toque, o raciocínio acelerado, a repetição (ecolalia), o hiperfoco, a literalidade e a dificuldade em interpretar comportamentos e emoções em situações sociais.

Transtorno do Espectro Autista

A série “Uma Advogada Extraordinária” abriu um debate na Coréia do Sul e no mundo sobre a invisibilidade de pessoas dentro do espectro autista.

Para a atriz Park Eun-bin, de 29 anos, que interpretou Woo Young Woo, a protagonista da série, foi difícil aceitar o papel, por conta de sua responsabilidade social com os autistas e suas famílias.

“Senti que tinha uma responsabilidade moral como atriz”, disse ela. “Sabia que (a série) inevitavelmente teria influência sobre pessoas autistas e suas famílias.”

De acordo com a Secretaria de Saúde do Paraná, o transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade.

Por isso, quanto mais cedo for realizado o diagnóstico melhor. Isso porque, o encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível, pode levar a melhores resultados a longo prazo.

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