Ator descobre Autismo após interpretar personagem com transtorno

Redação Uníntese

O ator curitibano interpreta Arthur na série “Use Sua Voz” da HBO Max.

Foi interpretando um personagem com Transtorno do Espectro Autista, na nova série original da HBO Brasil, Use Sua Voz, que o ator curitibano Victor Ferreira descobriu o seu diagnóstico.

O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social. Os padrões comportamentais repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

 “Eu sou autista. E, quando você assiste o Arthur, percebe que ele é um personagem muito diferente de mim. Mas isso é porque o autismo se expressa de formas diferentes para cada tipo de pessoa dentro do espectro”, lembrou Victor.

A importância do diagnóstico do Autismo

O ator descobre o Autismo após o diagnóstico, Victor começou a se entender melhor. A partir daí, muitas coisas começaram a fazer sentido. Muitas questões sociais que tinha começaram a se encaixar. E agora consegue entender o porquê não gostava de certas coisas ou o porquê não se encaixava em certos ambientes.

Na série, Arthur cria música eletrônica a partir dos sons que ele escuta no cotidiano. Um trabalho muito legal e atencioso do Aureo Gandur, que foi o diretor musical da série.

Nas redes sociais, o artista também comentou sobre a descoberta do autismo. E revelou o medo de não ser selecionado para novos trabalhos por causa do diagnóstico.

“Como ator, conversei com outras pessoas sobre o diagnóstico e como isso poderia me comprometer de um jeito ruim dentro do mercado de trabalho. Mas acabei descobrindo que vários outros atores, cineastas e atrizes com quem trabalhei também estão dentro do TEA. Porém não falam sobre pelo mesmo medo de como o mercado e as pessoas vão receber isso”, completou.

Autismo o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Existem três graus de intensidade do TEA. E nos casos de diagnóstico tardio, geralmente é identificado o nível 1, de características leves, que podem passar despercebidas por muito tempo.

Portanto, o diagnóstico tardio do Autismo pode ser libertador. No entanto, o acompanhamento da criança autista desde cedo é o mais indicado. Desse modo, um tratamento integrado com médicos, psicólogos e educadores faz toda a diferença na vida de uma criança e posteriormente um adulto autista.

Expanda seu conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista e torne-se um educador capaz de acolher e educar melhor.

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