Pai faz curso de barbeiro para cortar o cabelo do filho autista que tem medo de ir ao salão

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Hoje você irá conhecer a história de Michael, um pai que fez um curso de barbeiro para cortar o cabelo do filho autista que tem medo de ir ao salão. 

Tudo começou quando Michael viu o filho Augusto, que é autista, ficar traumatizado após ir a um salão de cabeleireiro. Por isso, o representante comercial Michael Kratina, de 32 anos, decidiu que iria fazer um curso de cabeleireiro para poder cortar o cabelo do próprio filho em casa.

Após crise de ansiedade, pai faz curso de barbeiro para cortar o cabelo do filho autista que tem medo de ir ao salão 

A crise de Augusto aconteceu quando ele e o pai estavam no salão de cabeleireiro e havia outra criança cortando o cabelo no mesmo horário, mas ela estava chorando e isso fez com que Augusto tivesse uma crise de pânico. Assim, o pai e o filho autista pararam de frequentar o salão que era próximo de sua casa na região metropolitana de Porto Alegre-RS.

Segundo a Neuropediatria, especialista em Transtorno do Espectro Autista (TEA), Dra. Deborah Kerches, embora não exista uma correlação direta, algumas características do TEA podem tornar a criança ou o adolescente mais suscetíveis ao Transtorno de Pânico (assim como a outros transtornos ansiosos ou psiquiátricos), como.

Além disso, de acordo com Michael, ele tentou explicar a situação para o filho, mas o barulho incomodava demais o menino que já estava traumatizado.

“A gente nunca vai embora, nunca tira ele do ambiente e desiste. Tentamos reincluir ele na situação. Eu ajoelhei e expliquei que o menino estava com medo, que não era com ele, mas qualquer barulho já passou a incomodar mais”, relembra o pai.

Um amor que não mede esforços

Desse modo, Michael começou um curso de cabeleireiro para ajudar o pequeno Augusto e evitar que o menino tenha outras crises de pânico em um salão. 

Agora tudo ficou melhor, enquanto o pai corta seu cabelo, Augusto assiste um desenho no tablet tranquilo. A mãe Gabriele Vargas assiste e grava a cena. Gabriele teve o filho aos seis meses de gestação e o presenciou nascendo com apenas 950 gramas.

“A gente se emociona. Ele lutou muito para estar com a gente. Fez muito esforço. E a gente luta muito para dar o melhor para ele sempre. Não tem o que eu não faça pelo Augusto“, comenta Michael.

O amor dos pais de Augusto não mede esforços para dar os melhores cuidados ao filho autista. Porquanto, o pequeno Augusto faz fisioterapia, além de acompanhamento psicológico, terapia ocupacional e diversos tratamentos para desenvolver a fala e outras funções motoras. Segundo Michael, para alcançar a evolução definida pelos neurologistas, eles teriam que pagar R$ 11 mil em tratamentos, algo que ainda está fora da realidade da família. Contudo, o amor, o apoio e o cuidado desta família para com o pequeno Augusto vão além de qualquer dificuldade.

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