Conheça a Rede de Apoio Adventista que transforma vidas de famílias com autismo
Conheça a Rede de Apoio Adventista, uma iniciativa transformadora que oferece suporte e auxílio às famílias que convivem com o autismo. Com base nos princípios adventistas e no desejo de proporcionar acolhimento, amor e esperança, essa rede tem se tornado um refúgio para pais, familiares e educadores, promovendo mudanças significativas e impactantes na vida de todos os envolvidos. Então, vamos conferir?
O Autismo e seus desafios
Em primeiro lugar, o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição de desenvolvimento neurológico caracterizada por padrões repetitivos de comportamento e dificuldades na interação social. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que uma em cada 88 crianças apresente traços de autismo. Apenas no Brasil, existem dois milhões de pessoas diagnosticadas com esse transtorno.
Assim sendo, para Keiny Goulart e seu esposo, Marlon, receber o diagnóstico de seu filho não foi uma tarefa fácil. Após buscar ajuda profissional, decidiram unir forças e reagir. Desse modo, surgiu a Rede Adventista de Apoio à Família Autista (RAAFA), criada pelo casal. Em uma entrevista, Keiny compartilhou os primeiros passos do projeto e os sonhos que têm para o futuro.
Como o autismo se tornou parte da realidade da sua família?
Meu filho, Derek, foi diagnosticado com autismo aos dois anos de idade, o que foi um momento muito difícil para nós. Passei por um processo de luto intenso. Busquei ajuda psicológica na época e, após receber alta, comecei a lutar em prol do meu filho. No início, Derek passou por várias formas de terapia. Cada pessoa no espectro autista é única e tem suas particularidades. Percebi que, como não há uma cura específica para o autismo nem uma causa clara, minha família e eu precisávamos de uma rede de apoio.
De onde veio a ideia de criar a RAAFA?
Fui convidada por uma amiga para participar de um encontro organizado por uma igreja evangélica em São Paulo, voltado para famílias de pessoas autistas. O tema “Um olhar bíblico sobre o autismo” chamou minha atenção. Naquele momento, percebi a necessidade de criar uma rede de apoio para famílias adventistas que lidam com o autismo. Meu esposo, Marlon, e eu decidimos então criar a RAAFA.
Há quanto tempo a RAAFA está em funcionamento e como tem sido recebida?
Iniciamos o projeto em fevereiro de 2020 e o lançamos oficialmente em 2 de abril, no Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Uma das principais missões da RAAFA é amar, apoiar e acolher as famílias, promovendo a troca de experiências e transmitindo mensagens de esperança em relação ao retorno de Cristo. Recebemos apoio de muitas pessoas nesse início, incluindo líderes da Igreja Adventista em toda a América do Sul. Atualmente, já temos mais de 500 pessoas assistidas, entre pais, familiares e educadores de indivíduos com autismo.
Como a rede de apoio Adventista funciona na prática?
O objetivo da rede é fornecer acolhimento e auxílio aos pais nessa jornada com o autismo. Por isso, organizamos um grande grupo no WhatsApp e também subgrupos específicos para atender diferentes regiões e realidades. Começamos com apenas três desses subgrupos e agora já temos 16 (veja cada um deles ao final da entrevista). Esses grupos têm regras rígidas de convivência para manter o foco no acolhimento e no auxílio. Além do Brasil, outros países, como Canadá, Chile e Bolívia, estão aderindo ao projeto.
Educação especial e Autismo
Portanto, vemos a importância de iniciativas como esta para acolherem as famílias. Além disso, é preciso destacar também a importância que a inclusão e a educação especial desempenham no tratamento do autismo. Porquanto, é através da inclusão que promovemos a participação ativa e igualitária das pessoas no espectro autista na sociedade, proporcionando oportunidades de interação, aprendizado e crescimento.
Isso porque, a educação especial, por sua vez, oferece suporte e estratégias personalizadas que atendem às necessidades individuais das pessoas com autismo, estimulando seu desenvolvimento acadêmico, social e emocional. Por isso, ao valorizar e investir na inclusão e na educação especial, estamos construindo uma sociedade mais inclusiva, empática e preparada para acolher e respeitar a diversidade. Por fim, isso não apenas beneficia as pessoas com autismo, mas enriquece a sociedade como um todo, permitindo que cada indivíduo alcance seu pleno potencial e contribua de maneira significativa.
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