Carteira para Autistas já está disponível no Rio Grande do Sul: saiba o que é necessário para fazer o documento

Guilherme

Já está em vigor no Rio Grande do Sul a confecção Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). A iniciativa, que foi implementada pela Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para PcD e PcAH (FADERS), é um documento importante para a comunidade autista.

Diferentemente da Síndrome de Down, por exemplo, o autismo não é visível e identificável com facilidade, e ter a carteira ajuda na comprovação de que a pessoa é portadora, garantindo assim os seus direitos.

A carteira também ajudará o estado, associações e municípios a ter dados mais concretos da população autista. Desta forma, ficará mais fácil de desenvolver programas e iniciativas que venham a contemplar quem tem autismo.

De acordo com o presidente da FADERS, Marquinho Lang, a Ciptea que confeccionada no rio Grande do Sul será a mais completa do país. Além dos dados exigidos pela Lei Federal, como o nome, filiação, local e data de nascimento, identidade civil, CPF, tipo sanguíneo e endereço residencial completo, o documento gaúcho terá como diferencial a impressão de QR Code, que permite acessar informações adicionais sobre a pessoa. Esse código também contém geolocalização, para localizar alguém que por ventura possa estar perdido, por exemplo.

Carteira para autistas do RS terá QR Code

Marquinho Lang falou sobre a carteira para autistas: “A FADERS desenvolveu uma rotina que possibilitará que os documentos necessários para a Ciptea sejam encaminhadas pela internet, e que será confeccionada e entregue de maneira gratuita às pessoas com autismo. E o QR Code facilitará o contato, em situações de emergência, com familiares, visto que uma parcela das pessoas com autismo tem dificuldades de comunicação”.

É possível fazer o documento neste link.

A diretora técnica da FADERS, Ana Flávia, acredita que o documento vai ajudar muito na definição das políticas públicas referentes ao autismo.

– Atualmente, não temos dados oficiais sobre o número de pessoas com autismo no Estado e no Brasil. Temos um número de pesquisas internacionais, de que um em cada 54 nascidos possui transtorno do espectro do autismo. Com a Ciptea, poderemos criar um banco de dados que nos dará informações mais próximas da nossa realidade, afirmou.

A confecção da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Cipta) atende à lei federal 13.977/2020, também conhecida como Lei Romeo Mion, em referência ao filho do apresentador Marcos Mion.

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